Uma ação da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, conduzida pelo Setor de Investigações Gerais (SIG), resultou na apreensão de uma carga milionária de entorpecentes na manhã desta terça-feira (6), em Dourados, município localizado a 230 quilômetros da capital, Campo Grande. A operação culminou na interceptação de mais de 100 quilos de pasta base de cocaína, encontrados em uma lanchonete no bairro Jardim Água Boa, na movimentada Avenida Hayel Bon Faker.
Segundo o delegado Erasmo Cubas, responsável pela investigação, a equipe vinha monitorando uma empresa suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas havia cerca de dez dias. A suspeita era de que a estrutura do local estivesse sendo utilizada para encobrir atividades criminosas relacionadas à movimentação de entorpecentes.
Durante a ação de vigilância, os investigadores flagraram o descarregamento de caixas de um caminhão frigorífico no estabelecimento. A atitude dos envolvidos chamou a atenção, e ao notarem a presença da polícia, dois suspeitos fugiram no veículo, enquanto um terceiro foi detido ainda no local. A perseguição terminou com a prisão da dupla nas proximidades da Praça do Cinquentenário, com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e de outras forças de segurança.
Ao todo, três homens foram presos:
- Renan, 34 anos, morador de Dourados;
- Anderson, 37 anos, e Maurício, 47 anos, ambos residentes em Ponta Porã, cidade situada na fronteira com o Paraguai, rota frequente do narcotráfico.
Durante a vistoria nas caixas descarregadas, os policiais localizaram diversos tabletes de pasta base de cocaína escondidos entre pacotes de carne congelada. Embora a pesagem oficial ainda esteja em andamento, as autoridades estimam que a carga supere os 100 quilos da droga, com valor estimado em milhões de reais no mercado ilegal.
As investigações apontam que parte do entorpecente seria distribuída em Dourados, enquanto o restante teria como destino outros estados brasileiros, demonstrando a atuação interestadual da organização criminosa.
Apesar de a droga ter sido descarregada na lanchonete, a Polícia Civil ressalta que não há, até o momento, indícios de envolvimento direto dos proprietários do estabelecimento. No entanto, existem fortes suspeitas de que funcionários tenham utilizado a estrutura do local para facilitar o escoamento da droga.
As investigações seguem em andamento para identificar outros possíveis envolvidos na quadrilha e mapear toda a logística do esquema criminoso.
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